Construindo Pontes em UX

Daniel Furtado 22 de dezembro de 2023 0 comentário

Empatia, Comunicação e Compreensão do Usuário

Ao pensar sobre as pessoas que atuam na área de Experiência do Usuário (UX), podemos mergulhar neste universo discutindo sobre as responsabilidades técnicas e comportamentais. No meu livro “Princípios de UX”, eu abordo a amplitude e a profundidade dessa área principalmente no campo técnico, e neste artigo, quero contar um pouco mais sobre o que eu escrevi e  explorar ainda mais o que significa viver e respirar UX.

O foco no usuário, como detalhado na Parte 2 do livro, vai além de uma simples observação. É uma imersão no contexto e nas necessidades dos usuários. Quando falamos de UX, estamos falando de empatia e compreensão profunda – não apenas de quem são os usuários, mas de como eles interagem e se sentem em relação ao produto ou serviço. É um exercício constante de se colocar no lugar do outro.  E quando falo em compreensão, quero dizer quando se trabalha com UX, esse foco é o ponto de vista de quem vivencia aquela experiência. É preciso entender quem são os players daquilo, quem são as pessoas envolvidas em tudo. É como se fosse um conjunto de disciplinas colaborativas, porque é preciso colaborar em múltiplas áreas. São vários agentes construindo aquele universo, aquele produto, para um usuário. Por isso, essa disciplina é colaborativa e precisa ser organizada para fazer com que alguém repita uma experiência de forma consistente.

Além disso, os profissionais desse grupo precisam estar sempre aprendendo, pois cada nova pessoa que passar a usar aquele produto estará em processo de aprendizado e é necessário, junto com ela, compreender técnicas novas.

Aprendizado Contínuo e Comunicação Eficaz

Conforme avançamos para a Parte 3, “Executando Ideias”, a capacidade de aprendizado contínuo é ressaltada. Cada usuário traz uma nova perspectiva, exigindo dos profissionais de UX uma mente aberta e um coração disposto a aprender. Além disso, a comunicação eficaz é uma ferramenta poderosa. Ela permite não apenas a compreensão dos usuários, mas também facilita a colaboração entre diferentes áreas, aspecto fundamental que descrevo ao abordar o design colaborativo. Isso porque, Profissionais de UX têm que ter a habilidade de aprender sempre, em tudo, como se fosse a primeira vez, e ter a capacidade de se comunicar, uma vez que, sem isso, não é possível se aproximar de usuários, parceiros, colaboradores do ambiente de trabalho e nem proporcionar experiências melhores.

No mundo em constante mudança de hoje, discutido na Parte 4 sobre “Testes, Análises e Métricas”, a flexibilidade e a visão sistêmica são cruciais. Entender como variáveis controláveis e incontroláveis afetam a experiência do usuário é vital. Aqui, profissionais de UX são desafiados a adaptar-se rapidamente e a pensar em termos de sistemas – como cada parte influencia o todo e vice-versa. O mundo muda muito o tempo todo e é importante entender que os novos contextos alteram a maneira como produto e usuário são afetados. Em novas condições, certas variáveis são possíveis de se controlar, outras não. É aí que entra a necessidade de visão sistêmica.

Conclusão: Superando Expectativas com Design Emocional

Concluindo, profissionais de UX não têm apenas a tarefa de satisfazer, mas de superar expectativas. Com um entendimento profundo dos desejos e necessidades dos usuários, é possível criar experiências que toquem os corações e deixem marcas duradouras. Este artigo é um convite para aprofundar-se nos princípios e práticas de UX, independente do seu nível de experiência. Há sempre novas descobertas e maneiras de enriquecer a experiência humana através do design.

Princípios de UX” está disponível no site da Editora Brauer. Seu feedback é valioso e será muito apreciado.

Boa leitura!

Sobre o autor

Daniel Furtado

Formado em Design de Produto e pós graduado em UX Design, Daniel é um professor, criador de conteúdo, empreendedor e designer. Trabalhou como Head de Produto e Design e conta com mais de 25 anos de experiência na área de produtos digitais. Professor no Instituto Europeu de Design e USP-ESALQ em disciplinas introdutórias de UX. Em 2016 criou o canal UXNOW, pioneiro na divulgação do tema UX no Brasil.

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